RESUMO
Controle da água subterrânea
Objetivos
1. Facilitar a construção de
estruturas enterradas abaixo do N.A.
2. Eliminar a construção de lajes
de subpressão como é o caso de São Paulo.
3. Interceptar a percolação da
água que emerge nos taludes ou fundo de escavações, evitando carreamento de
solo.
4. Aumentar a estabilidade dos
taludes e fundo de escavações.
5. Reduzir a carga lateral em
estruturas de escoramento.
6. Eliminar ou reduzir o emprego
de ar comprimido em escavações de túneis.
7. Manter inalteradas as condições
de suporte do terreno subjacente ao apoio da estrutura a ser construída.
Métodos de controle da água subterrânea
Rebaixamento: Interceptação e remoção da
água por bombeamento. Instalação de pontos de coleta na superfície da
escavação, drenos sub-superficiais, ponteiras filtrantes e poços profundos
(bombas submersas, ejetores).
Exclusão: Separação do fluxo d’água da
escavação por meio de barreira física (cut‐off). Os mais utilizados são as
cortinas de estacas‐pranchas (metálicas ou
concreto), diafragmas plásticos ou rígidos, estacas secantes ou justapostas,
cortinas de injeção de cimento, trincheiras impermeáveis e jet grouting.
Pouco
utilizados:
Congelamento de solos e em túneis e o emprego de ar comprimido.
Métodos tradicionais
Rebaixamento
altera a
posição do nível d’água do terreno ao redor da construção. Esse método causa
impactos permanentes no meio ambiente.
Exclusão
elimina a água
da escavação somente na área da construção, portanto mantém as condições
hidrogeológicas locais. Esse método causa poucos e temporários impactos no meio
ambiente.
Consequências do rebaixamento do N.A.
Rebaixamento
do N.A. reduz a poro‐pressão na massa de solo,
portanto aumenta a sua pressão efetiva.
A
consequência disso pode ser um recalque indesejável de estruturas situadas no
raio de influência do rebaixamento.
Situações
mais desfavoráveis ocorrem em regiões de várzeas de rios onde são encontradas
camadas compressíveis de argilas orgânicas moles e areias fofas como no bairro
de Moema, várzea do rio Pinheiros.
O
projeto do rebaixamento deve ter o cuidado de estudar conseqüências e
influências sobre seu entorno, impactos em estruturas vizinhas, manter
vigilância e controle por prazo relativo através de instrumentos para
identificar a progressão de recalques e fissuras.
Medidores
de nível d’água e piezômetros são instrumentos que auxiliam no acompanhamento
da posição do N.A. permitindo comparações com a posição prevista.
Em
ambos os casos, os prazos de investigação e avaliação devem seguir as
recomendações de projeto.
Inspeções
prévias nas estruturas vizinhas e relatórios fotográficos desde o início das
obras serão necessários para identificar seu estado. Algumas situações
necessitarão de instrumentos de medição de recalques ou fissuras.
Essa
ação tem como principais objetivos as precauções necessárias, avaliação
adicional dos métodos construtivos, registro do estado das edificações
vizinhas.
Instrumentação
de inspeção de estruturas
– Medidores de
recalques
– Medidas de fissuras
Podem
surgir reclamações durante as escavações e construções, portanto precaução é
uma boa medida!
Projeto de lei sobre atividades de rebaixamento do
lençol freático no município de São Paulo.
•
Art. 2: É permitido o rebaixamento provisório ou permanente do lençol freático
desde que precedido de projeto elaborado por profissional devidamente
habilitado, acompanhado de termo de responsabilidade, com a devida ART.
•
Art. 4: O proprietário ou construtor deverá contratar seguro para garantir o
ressarcimento de eventuais danos causados a terceiros, com o risco de que a
obra seja considerada irregular.
Conclusões
Principais
problemas que podem surgir em decorrência do rebaixamento do N.A.
REBAIXAMENTO
TEMPORÁRIO
Apesar
de ser o método mais indicado para maioria dos casos com impactos apenas
durante o período da construção, podem ser observados recalques principalmente
em solos compressíveis.
REBAIXAMENTO
PERMANENTE
Se
a construção tiver sido feita sem o uso de paredes contínuas embutidas em solo
impermeável, haverá despesas por parte do condomínio no esgotamento permanente
das águas que infiltrarão no subsolo.
Haverá
também extensão contínua desses recalques para uma área de influência.
Estruturas e equipamentos urbanos vizinhos nessa área de influência, como vias
públicas, galerias, calçadas, sarjetas, sistemas de drenagem superficial, etc.
poderão sofrer recalques também.
SOLUÇÕES
COMBINADAS
A
combinação desses métodos pode, em certos casos, permitir melhor desempenho das
fundações e eventuais reduções nos custos do projeto e manutenção futura do
sistema ao longo da vida útil do edifício.
Para
a melhor alternativa, consulte uma empresa especializada em Fundações.
FONTES:
ALONSO, 2012; IPT-2012.
RICARDO
LOPES
ENGENHEIRO
CIVIL, M.Sc.
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